Dependência de maconha

Dependência de maconha

A maconha é uma droga psicoativa produzida a partir da cannabis sativa, uma das plantas de cultivo mais antigas do mundo. Ela é conhecida há milênios e seu uso passou por várias etapas ao longo dos séculos. A dependência da maconha vem sendo diagnosticada há algum tempo, nos mesmos padrões das outras substâncias. A experimentação da maconha geralmente ocorre na adolescência e no início da vida adulta, sobretudo entre universitários. 

A maconha é uma droga psicoativa, pois altera o comportamento. Embora muitas pessoas usem a palavra “maconha” ao falar sobre cannabis em geral, a droga em si é composta de flores e folhas secas da planta. Outros nomes comuns para a maconha são “erva”, “pote”, “droga” ou “verde”, “marijuana”, “fumo”, “baseado” ou “bagulho”. Às vezes, o termo “maconha” é usado para descrever produtos, tais como alimentos ou bebidas, que contêm as partes ativas da droga.

De acordo com o DSM – 5 (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais), o transtorno por uso de cannabis (popularmente conhecida como maconha) é definido como um padrão problemático de uso de maconha levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos.  

Critérios diagnósticos para o transtorno por uso de cannabis (maconha), segundo o DSM – 5:

1 – Cannabis é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo que o pretendido. 

2 – Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de reduzir o uso de cannabis. 

3 – Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção de cannabis, na utilização ou na recuperação de seus efeitos. 

4 – Fissura ou um forte desejo ou necessidades de usar cannabis. 

5 – Uso recorrente de cannabis, resultando em fracasso em desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em casa. 

6 – Uso continuado de cannabis, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos da substância.

 7 – Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de cannabis. 

8 – Uso recorrente de cannabis em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física. 

9 – O uso de cannabis é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância. 

10 – Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:

a)   Necessidade de quantidades progressivamente maiores de cannabis para atingir a intoxicação ou o efeito desejado. 

b)   Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade de cannabis.

11 – Abstinência manifestada por qualquer dos seguintes aspectos:

a)   Síndrome de abstinência características de cannabis. 

b)   Cannabis (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência. 

Gravidade do caso

O diagnóstico de transtorno por uso de maconha é classificado de acordo com a gravidade do caso, avaliado por meio do número de sintomas, apresentados, podendo ser: 

– leve (presença de dois ou três critérios);

– moderado (presença de quatro ou cinco critérios);

– grave (presença de seis ou mais critérios).  

É fundamental realizar programas de prevenção que possam evitar ou retardar o início do consumo regular de maconha. 

Caso necessite de ajuda, entre em contato com o psiquiatra Dr. Cláudio Jerônimo e agende sua consulta. Seu consultório está localizado no Edif. Satélite – Praça Santo Agostinho, 70 – Conj. 55 – Paraíso, São Paulo – SP, 01533-070

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.

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