Os perigos da automedicação e da busca por diagnósticos online

Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentais

“Maria recebeu o diagnóstico de depressão e compartilhou seus antidepressivos com seu amigo João, que também estava enfrentando sintomas semelhantes. João, após uma breve pesquisa na internet sobre o medicamento, decidiu tomá-lo sem o acompanhamento de um profissional de saúde. Infelizmente, seus sintomas não melhoraram e ele acabou enfrentando efeitos colaterais desagradáveis, como insônia, dores de cabeça e náuseas. Com o passar do tempo, Maria e João perceberam que os sintomas de depressão de João se agravaram. Preocupados, eles decidiram buscar orientação profissional. O psiquiatra de João descobriu que ele estava tomando os antidepressivos sem supervisão médica e interrompeu abruptamente o uso da medicação, iniciando um novo plano de tratamento personalizado.”


A história de Maria e João ilustra 
claramente os perigos da automedicação na saúde mental. Esse episódio destaca o quanto é arriscado se automedicar, seja com remédios prescritos ou vendidos sem receita, podendo resultar em efeitos colaterais indesejáveis, interações medicamentosas perigosas e agravamento dos sintomas.

A automedicação na saúde mental e a busca de diagnósticos online, podem parecer soluções convenientes em um primeiro momento, mas apresentam riscos. Depressão leve, moderada e grave podem exigir abordagens diferentes de tratamento, que podem incluir terapia, medicamentos ou uma combinação de ambos. O que é eficaz para uma pessoa pode não ser para outra, e é por isso que a busca por ajuda profissional é imprescindível.


Automedicar-se na área da saúde mental é uma prática perigosa que pode acarretar consequências graves. Os medicamentos psicotrópicos são substâncias potentes, cujos efeitos variam de indivíduo para indivíduo, sendo influenciados por fatores como interações com outros medicamentos. Automedicar-se com antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor pode levar a complicações sérias, incluindo dependência, aumento do risco de pensamentos suicidas e desequilíbrio químico no cérebro.

Além disso, a busca de informações médicas no “Dr. Google” pode levar a conclusões equivocadas e autodiagnósticos imprecisos. As informações disponíveis na internet podem ser imprecisas, desatualizadas ou simplesmente não se aplicarem ao caso específico de cada pessoa.

É essencial compreender que a saúde mental é extremamente individualizada e complexa. O que pode ser eficaz para uma pessoa pode não funcionar da mesma forma para outra, mesmo que ambas enfrentem condições semelhantes, como no caso de Maria e João lidando com a depressão.

Independentemente da gravidade, a depressão não deve ser subestimada, mesmo em casos de depressão leve, pode ter um impacto importante na qualidade de vida e no bem-estar emocional. É fundamental buscar ajuda assim que os sintomas se manifestarem, em vez de esperar que se tornem mais graves.

Um psiquiatra ou psicólogo é treinado para avaliar os sintomas de forma abrangente, considerando o contexto pessoal, médico e social de cada indivíduo. Eles podem fazer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento mais adequado, que pode incluir psicoterapia, medicação ou uma combinação de ambos, lembrando que somente o psiquiatra poderá indicar o melhor antidepressivo para cada caso específico.

 

Assim, diante dos riscos evidentes e das potenciais consequências graves, é essencial reforçar a importância de não se automedicar, especialmente quando se trata da saúde mental. Portanto, em vez de confiar em soluções rápidas ou informações encontradas na internet, devemos priorizar a busca por ajuda profissional. Ao procurar um especialista, você terá acesso a uma avaliação completa e personalizada de suas necessidades de saúde mental.

 


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Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.