Dependência de anfetaminas

 

As anfetaminas são drogas sintéticas produzidas em laboratório, estimulantes do sistema nervoso central, quando tomadas em excesso, podem causar dependência química. 

As pessoas que possuem maior risco de desenvolver dependência de anfetaminas são aquelas que possuem fácil acesso a tais medicamentos. Além disso, esses usuários/dependentes vivem em uma cultura onde o uso de anfetaminas é considerado aceitável, em que normalmente apresentam outros distúrbios mentais, como a depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade ou esquizofrenia.

Sintomas da dependência de anfetamina

A dependência química de anfetamina no Brasil é mais comum entre caminhoneiros e pessoas que desejam perder peso e estudantes, uma vez que os efeitos da droga são vistos como benéficos para esses indivíduos. 

O famoso Rebite ou Bolinha, como é conhecido, aumenta o estado de alerta, deixando o corpo acelerado, em que os indivíduos conseguem estudar ou dirigir por longas horas. No caso dos medicamentos emagrecedores, que contém pequenas quantidades da substância, inibem o apetite e aceleram o metabolismo, mas, quando usados repetidamente, causam problemas à saúde. 

Dependência de anfetamina

A dependência de anfetamina vai depender de algumas particularidades de cada indivíduo, por exemplo: 

– quantidade utilizada da droga;

– a frequência e tempo que se é usuário;

– qual meio se aplica a anfetamina (por injeção, oral, etc.);

– o estado emocional, humor, expectativa e ambiente que a pessoa se encontra;

– a idade do usuário;

– se a pessoa apresenta condições médicas ou psiquiátricas pré-existentes;

– se a pessoa usa anfetamina com álcool ou outras drogas.

Mistura de anfetaminas com outras drogas e overdose

O uso abusivo de anfetamina e a sua mistura com outros tipos de substâncias psicoativas podem desencadear um quadro de overdose. É comum que pessoas com dependência de anfetamina façam uso de outros medicamentos e até mesmo outras drogas, o que pode ser mortal. Uma vez que a anfetamina causa intoxicação nos nervos cerebrais, a interação com outros elementos, como a ingestão ou a própria dependência de álcool, por exemplo, podem levar a um colapso no sistema nervoso central, aumentando as chances de overdose.

A overdose por anfetamina é decorrente de altas doses, que causam o aumento da pressão arterial e a frequência cardíaca, levando ao ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, onde, os sintomas iniciais podem ser paranóia, comportamento violento, tontura, náusea, vômito, diarreia, convulsões e temperatura do corpo tão elevada que pode vir a ser letal (hipertermia).

Abstinência – Tratamento

O primeiro passo é interromper o uso da anfetamina, que quando feita repentinamente gera sintomas abstinência que podem ser tanto de efeitos físicos, psicológicos e/ou psiquiátricos, por exemplo: redução de energia, fissura, ansiedade, agitação, humor depressivo, pesadelos.

O tratamento pode incluir terapia e medicamentos, e quando necessário, a hospitalização é indicada para evitar que os efeitos da abstinência comprometam a vida do paciente. A dependência de anfetamina é perigosa, portanto, não se apoie em seus falsos efeitos benéficos.

Caso necessite de ajuda, agende uma consulta. O consultório do Dr. Cláudio Jerônimo fica localizado no Edif. Satélite – Praça Santo Agostinho, 70 – Conj. 55 – Paraíso, São Paulo – SP, 01533-070

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.

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