Crises de pânico
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentaisApós o surgimento da pandemia do Covid-19 aumentou significativamente os sintomas relacionados aos transtornos psíquicos. O número de pessoas com crises de ansiedade e ataques de pânico devido à pandemia vem crescendo rapidamente, especialmente naqueles que já sofriam de ansiedade.
Neste texto, vamos falar sobre exatamente sobre as crises de pânico. Estas são crises agudas e intensas de ansiedades, acompanhadas por medo intenso de morrer, ou de perder o controle e de acentuada descarga autonômica (taquicardia, sudorose, etc). As crises caracterizam-se pelo início abrupto de uma sensação de grande perigo e desejo de fugir ou escapar da situação.
É importante ressaltar que o transtorno de pânico é diferente de ataque de pânico, ou seja, não se trata de uma crise de ansiedade isolada e sim de uma síndrome composta por crises de ansiedades repetidas acompanhadas de preocupações persistentes e modificações importantes de comportamento no intuito de evitar novos episódios.
A principal diferença entre os dois é a frequência. Uma pessoa pode ter uma crise de pânico e nunca mais passar por essa experiência. Nesse caso, não pode ser considerado que ela sofre de um transtorno de pânico. Quando as crises são frequentes, o paciente pode ser diagnosticado com a doença.
Transtorno de pânico
Denomina-se quadro de transtorno de pânico caso as crises sejam recorrentes, com desenvolvimento de medo, ter novas crises, preocupações com possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo.
O transtorno de pânico é diagnosticado quando a pessoa apresenta ataques de pânico repetidos e inesperados, pelo menos um dos ataques foi seguido por período mínimo de um mês com os seguintes critérios:
– Preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques;
– Preocupação com implicações ou consequências dos ataques, como perder o controle, enlouquecer ou ter um infarto;
– Alterações do comportamento relacionadas aos ataques (evitar aglomerações, evitar sair de casa);
– Presença ou não de agorafobia associada.
Ataque de pânico
Crises de ansiedade, de intenso desconforto ou de sensação de medo que alcançam um pico em minutos (geralmente não duram mais que meia hora ou uma hora) com pelo menos quatro dos seguintes critérios:
– Palpitações ou taquicardia;
– Sensação de falta de ar ou estar sufocando;
– Suor de mãos, pés, face, geralmente frio;
– Medo de perder o controle ou enlouquecer;
– Medo de morrer, de ter um ataque cardíaco;
– Tremores ou abalos;
– Formigamentos ou anestesias nos dedos e nos lábios;
– Ondas de calor ou calafrios;
– Desrealização (sensação de que o ambiente familiar está estranho) ou despersonalização (sensação de estranheza quanto a si mesmo);
– Tontura instabilidade;
– Dor ou desconforto torácico;
– Náusea ou desconforto abdominal.
Não deixe que os transtornos mentais afetem sua vida e sempre busque estratégias para melhorar a saúde mental! Cada vez mais se torna necessário o reconhecimento dos fatores de riscos que afligem o estado mental, especialmente diante do cenário atual.
O psiquiatra é o médico que pode diagnosticar e diferenciar tanto o transtorno quanto uma crise de ataque de pânico, ambos têm os sintomas muito parecidos e somente esse profissional saberá distingui-los da maneira correta.
Caso necessite de ajuda, agende uma consulta com o Dr. Cláudio Jerônimo!
Fonte: Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais/Paulo Dalgalarrondo. Porto Alegre – Artmed, 2019.
Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga Especialista em Dependência Química
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.