Nervos à flor da pele – Borderline

“Nervos à flor da pele” essa expressão combina intensamente com os indivíduos diagnosticados com o transtorno de personalidade borderline, são pessoas excessivamente impulsivas, intolerantes, sentem medo intenso ou raiva quando acreditam que foram abandonados ou negligenciados.

O livro “Mentes que amam demais – o jeito borderline de ser” da psiquiatra Dra. Ana Beatriz, descreve as pessoas com transtorno de personalidade borderline da seguinte forma:

“A pessoa é capaz de deprimir-se de forma imediata frente em relação a um acontecimento frustrante, sobretudo quando este envolve rejeição afetiva, como o término de um relacionamento amoroso ou mesmo um leve desentendimento típico de casais. De forma igualmente imediata e intensa, a personalidade borderline pode apresentar alegria descabida (euforia) diante de uma possibilidade emocional ou profissional que seja por ela interpretada como aceitação ou aprovação de sua aparência, sentimentos ou um talento específico.”

Indivíduos com transtorno da personalidade podem apostar, gastar dinheiro de forma irresponsável, comer compulsivamente, além das condutas perigosas, por exemplo: abusar de substâncias psicoativas, envolver-se em sexo desprotegido ou dirigir de forma imprudente, agem com impulsividade sem pensar nas consequências.

O livro citado explica que algumas pessoas com o transtorno de personalidade borderline, costumam ser confundidos com os portadores de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ambos possuem sintomas semelhantes, principalmente quando são hiperativos e impulsivos.

Facilmente entediados, podem estar constantemente buscando algo para fazer. Com frequência expressam raiva inadequada e intensa ou têm dificuldades em controlá-la, o comportamento do borderline pode se alterar rapidamente, eles mudam de ideia o tempo todo, o que gera um desconfortável estado de indecisão. 

Segundo informações do DSM – V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição) pode ocorrer morte prematura por suicídio em indivíduos com o transtorno borderline, especialmente naqueles em que há ocorrência simultânea de transtornos depressivos ou transtornos por uso de substância.

Os borderlines apresentam-se muito instáveis, sentem-se sempre incompletos ou em constante conflito consigo mesmos. A patologia implica marcante impacto social dos indivíduos acometidos, assim como na de seus familiares e pessoas próximas. O diagnóstico da síndrome de borderline é realizado pelo psiquiatra e o tratamento mais indicado geralmente é a psicoterapia e o uso de medicamentos. 

Caso necessite de ajuda, agende uma consulta. O consultório do Dr. Cláudio Jerônimo fica localizado na Praça Santo Agostinho, 70 – Conj. 55 – Edif. Satélite – Paraíso/São Paulo

Fonte: Livro: Mentes que amam demais – O jeito borderline de ser – Ana Beatriz Barbosa da Silva – Editora Principium – 2ª edição/2018.

Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química.