‘Não creio em mais nada’ – Prevenção ao suicídio 

Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentais

Chegamos ao mês de setembro e o tema da campanha Setembro Amarelo deste ano é “se precisar, peça ajuda!”. 

Neste mês dedicado a prevenção ao suicídio, é importante estar atento aos sinais que as pessoas com ideação suicida (pensar ou planejar o suicídio) possam demonstrar, por exemplo, desespero, desilusão, pessimismo ou ainda expressar algumas evidências de sua intenção, tais como verbalizar que seria melhor morrer e manifestar grande insatisfação à vida e ao futuro, a desesperança.

Para compreender melhor o que esses sentimentos podem representar, compartilhamos um trecho da música “Não Creio em Mais Nada” do cantor Paulo Sérgio, que ilustra a profunda desesperança que algumas pessoas enfrentam:

“Não sei o que faço a minha vida é uma luta sem fim;
Me sinto no espaço, o tempo todo à procura de mim;
Há dias na vida, que a gente pensa que não vai conseguir;
Que é bem melhor deixar de tudo e fugir, que outro mundo tudo vai resolver;
Não creio em mais nada…” 

Analisando a letra desta música, percebemos que é nítida a vontade de sumir, de desistir de tudo e resta a ilusão de que em outro mundo tudo irá se resolver, mas que outro mundo é esse? Aqui seu desejo de viver está arruinado.

De acordo com a narrativa deste trecho da canção, essa frase ‘não creio em mais nada’ pode ser um sinal de que a pessoa está pensando seriamente em desistir de sua vida. A letra da música descreve alguém completamente desmotivado e com profunda desesperança.

Desesperança
A pessoa que apresenta crença de desesperança tende a prever o futuro sem expectativas, a falta de perspectiva e ausência de crenças positivas em relação ao futuro pode elevar o risco do indivíduo experimentar o desejo de interromper sua vida. Desesperança pode ser entendida como uma cognição, “uma crença de que o futuro é sombrio, que seus problemas nunca se resolverão”, essa característica, principalmente, quando persiste por longo tempo se apresenta como um sinal grave de risco para o suicídio.

Quantos suicídios seriam evitados, se as pessoas mais próximas de quem infelizmente deseja pôr um fim na vida, conseguissem identificar alguns dos sinais de riscos? Diante de qualquer dúvida, procure um psiquiatra, é melhor dividir suas preocupações e não carregar sozinho o peso da responsabilidade pela vida de alguém, se precisar, peça ajuda!

O consultório do Dr. Cláudio Jerônimo fica localizado na Praça Santo Agostinho, 70 – Conj. 55 – Edif. Satélite – Paraíso, São Paulo – SP, 01533-070

Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.