Entendendo a Psicofobia: desafios e reflexões
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentais
“Um grupo de amigos ridiculariza uma pessoa que está passando por um período de depressão, chamando-a de fraca ou preguiçosa por não conseguir se animar ou participar de atividades sociais como antes”.
“Um empregador se recusa a contratar uma pessoa com transtorno de ansiedade, alegando que ela não seria capaz de lidar com o estresse do ambiente de trabalho, mesmo sem considerar suas habilidades e qualificações para o cargo”.
“Um familiar de uma pessoa com transtorno bipolar se distancia dela e expressa medo ou desconfiança em relação às suas flutuações de humor, reforçando estigmas negativos sobre a condição e evitando qualquer interação próxima”.
Esses exemplos ilustram a psicofobia, que infelizmente persiste em nossa sociedade, marcada pelo preconceito e pela discriminação contra aqueles que enfrentam transtornos mentais. Esta forma de discriminação pode manifestar-se de diversas maneiras, desde atitudes sutis até comportamentos abertamente hostis, e é marcada por uma série de estigmas e estereótipos negativos associados às doenças mentais.
Algumas pessoas pensam que quem tem um transtorno mental é perigoso ou estranho, isso não é verdade. As pessoas que não estão familiarizadas com essas condições muitas vezes as enxergam através de uma lente distorcida, associando-as a comportamentos imprevisíveis, perigosos ou violentos. Essa visão estigmatizada não apenas marginaliza aqueles que sofrem desses transtornos, mas também cria barreiras significativas para o acesso ao tratamento e ao apoio necessário.
A psicofobia pode se manifestar de forma discreta em contextos cotidianos, como no local de trabalho, com os amigos, na educação, na mídia e até mesmo no meio das relações familiares e sociais, como vimos nos exemplos. Expressões como louco, desequilibrado ou maluco são frequentemente utilizadas de forma pejorativa, reforçando estigmas e prejudicando a autoestima daqueles que vivenciam transtornos mentais.
Para aqueles que buscam apoio e tratamento, a psicofobia e o estigma associado à saúde mental representam barreiras consideráveis. Essas atitudes discriminatórias não apenas dificultam o acesso aos serviços de saúde mental, mas também alimentam uma cultura de silêncio e vergonha em torno das doenças psiquiátricas. Como resultado, muitas pessoas sofrem em silêncio, com medo de serem julgadas ou estigmatizadas, prolongando o sofrimento e impedindo a recuperação.
Desde 2011, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) tem liderado campanhas para conscientizar sobre o estigma que envolve a saúde mental. O psiquiatra Dr. Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, é reconhecido como pioneiro no termo ‘Psicofobia’ e tem sido uma figura de destaque na liderança da campanha.
Combater a psicofobia requer um esforço coletivo para promover a educação, a conscientização e a inclusão. Todos nós, como membros da sociedade, temos o dever de nos unir em prol de um ambiente mais acolhedor e solidário para aqueles que lutam contra transtornos mentais.
A psicofobia causa um grande impacto negativo! Precisamos aprender mais sobre o tema e tratar todos com respeito e compreensão, independentemente de suas dificuldades.
Caso necessite de ajuda, agende uma consulta com o Dr. Cláudio Jerônimo!
Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química
Preencha o formulário e agende sua consulta
INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.