Dependência de maconha: como é o tratamento
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentaisA cannabis sativa (conhecida popularmente como maconha) é a droga psicoativa ilícita mais usada no mundo, a estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que haja 181,8 milhões de usuários da droga em suas preparações mais comuns, como maconha e haxixe, com idade entre 15 e 64 anos no mundo.
A maconha em geral, é fumada e seu uso produz efeitos muito variáveis, mas os mais comuns relatados por usuários são relaxamento, sensação de prazer (de brisa ou barato), risos espontâneos sem motivos e fome (larica); pode haver também distorções da recuperação do tempo e do espaço, de leves a moderadas, dificuldade na atenção e na concentração, sensação de que os sentidos estão aguçados, hiperemia da mucosa conjuntival (olhos vermelhos) e boca seca.
A intoxicação por uso de maconha pode levar muitos indivíduos à psicose aguda e produzir exacerbações de curto prazo de doenças psicóticas preexistentes, como a esquizofrenia. Sintomas psiquiátricos observados em alguns estudos incluem despersonalização, medo de morrer, pânico irracional e ideias paranóicas.
Padrão de consumo: o uso de maconha pode ser definido de acordo com o padrão de consumo dessa substância, variando do uso experimental até a dependência.
Experimentação de maconha:
Refere-se aos primeiros contatos do indivíduo com a maconha, podendo ter como motivação a curiosidade, a pressão dos pares, a necessidade de experimentar uma nova sensação, entre outras.
Uso recreativo de maconha:
Refere-se ao uso da maconha com maior frequência e tem como principais finalidades: obter prazer, alterar as percepções e servir como modo de socialização.
Dependência de maconha:
Caracteriza-se pelo uso problemático de maconha com sérias implicações no curso da vida da pessoa e manifestação do sofrimento significativo.
É importante lembrar que a maconha não é um fármaco. É uma mistura de flores, folhas e hastes da planta Cannabis sativa (cânhamo). Ela contém centenas de substâncias, algumas com possível ação terapêutica, outras altamente tóxicas.
Seu principal ativo mais importante é o delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC). É a concentração do THC que determina a potência dos efeitos. O THC é rapidamente absorvido dos pulmões para a corrente sanguínea, na qual atinge um pico de concentração 10 minutos após ter sido inalado.
Tratamento
Os dependentes de maconha necessitam de um diagnóstico de um psiquiatra, médico especialista na área. Apesar de muitos prejuízos do consumo prevalente, são poucos os usuários de maconha que buscam tratamento. A maioria dos dependentes de maconha encontra-se no estágio da pré-contemplação, ou seja, o usuário não encara seu uso como problemático ou causador de problemas, tampouco considera algum tipo de mudança. Em geral, não busca tratamento voluntariamente, e sim por causa dos pais, família, escola, trabalho ou por encaminhamento judiciário.
No início do tratamento é importante que o paciente se conscientize sobre seu problema, conhecendo os efeitos da droga de abuso; que perceba a necessidade de mudar seu comportamento de uso e junto com o terapeuta se prepare para fazer essa mudança.
O tratamento do usuário de maconha acontece em etapas. Primeiro deve-se informar ao paciente sobre a substância, já que muitos não conhecem seus efeitos, seus prejuízos. Em seguida deve-se motivar o paciente para a mudança, orientando-o para que aceite o tratamento e definindo objetivos.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.