Depressão: sintomas, causas e tratamentos
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentaisQuando o sentimento de tristeza profunda e desânimo ocorrem de forma muito recorrente é importante ficar atento, podem ser sintomas de depressão, um dos transtornos mentais mais comuns da atualidade.
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a depressão é caracterizada por humor deprimido, perda do interesse e do prazer e energia reduzida, que resulta em diminuição de atividades. Essa perda de interesse em atividades cotidianas, ausência de ânimo e oscilações de humor, é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.
A depressão e seus níveis de gravidade
A depressão pode ocorrer por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos e muitas vezes, pode ser fatal.
Pode ser classificada como leve, moderado e grave:
– Leve: a tristeza não interfere seriamente nas atividades do dia a dia, isto é, o indivíduo ainda consegue manter sua rotina, embora isso já exige algum nível de esforço.
– Leve a moderado: nesse estágio, o indivíduo já apresenta pensamentos negativos e dificuldades em manter a sua rotina diária como antes. Seus sintomas depressivos já começam a interferir de forma significativa em diversas áreas de sua vida.
– Moderado: sentimento de melancolia, na maior parte do dia, todos ou quase todos os dias. Os pensamentos negativos tendem a se tornar obsessivos. Observamos prejuízos expressivos, e o esforço para manter a rotina diária torna-se um sacrifício.
– Moderado a grave: a rotina diária já vira um sacrifício em quase todas as esferas vitais do indivíduo. Os pensamentos obsessivos são mais intensos e incessantes, e sentimentos como falta de vontade de viver ou vontade de morrer podem ser observados.
– Grave: Os prejuízos gerais são maiores, o sofrimento bem mais intenso. Nesses casos, é possível observar muitas vezes, embora nem sempre, uma paralisação na vida dos deprimidos como um todo. Os sinais de gravidade mais marcantes são: pensamentos de suicídio, planejamento suicida, sintomas psicóticos associados (como delírios e alucinações), perda de peso significativa associada à recusa alimentar e negativismo em relação a tudo. São frequentes a angústia, ansiedade, desespero e desesperança.
A depressão em nível leve geralmente pode ser controlada sem medicamentos, sendo tratada com terapia e exercícios físicos, por exemplo.
Já os níveis moderado e grave têm o auxílio de medicamentos para amenizar os sintomas da depressão, além da terapia e outras opções para melhorar a qualidade de vida do paciente, prescritas por psicólogos e psiquiatras.
Tratamentos para depressão
O tratamento antidepressivo deve ser realizado considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do paciente e/ou cliente. Dependendo de cada caso, o paciente pode precisar de tratamento de manutenção ou preventivo, para evitar o aparecimento de novos casos de depressão ao longo da vida.
A psicoterapia também é uma grande aliada no controle da depressão, mas não previne novos episódios, nem possui o poder de cura da doença. Esse método consiste no auxílio da reestruturação psicológica do paciente, aumentando sua compreensão e resolução de conflitos durante o processo da depressão.
Orientações importantes:
Ao longo do tratamento da depressão, é comum que o paciente e/ou cliente tenha dúvidas sobre o tratamento. Listamos alguns fatores que podem ajudar:
– Vínculo de confiança com seu psiquiatra;
– Evitar a troca constante de médicos;
– Não se automedicar ou interromper o uso de antidepressivos;
– Não suspender o medicamento por se sentir curado, consulte seu médico;
– Evitar bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas, lícitas ou ilícitas;
– Não aumentar ou reduzir dosagem de medicamentos, sem auxílio do médico;
– Mantenha tratamento com medicamentos, exercícios e outros métodos alternativos, de acordo com o seu médico.
Depressão tem cura?
Depressão é uma doença tratável. Alguns pacientes e/ou clientes apresentarão apenas um episódio depressivo em suas vidas, e, nestes casos, pode se dizer que a pessoa está curada. O tratamento, que é feito através de medicamentos de psicoterapia, auxilia a reduzir a intensidade dos sintomas, reduzir as chances de recorrência no futuro e melhorar a qualidade de vida, disposição, humor e relacionamentos interpessoais.
Atividades físicas são importantes durante o tratamento de um transtorno depressivo, pois estimulam a produção de serotonina e dopamina, dois neurotransmissores que geram alívio nos sintomas da depressão.
Com um diagnóstico e tratamento correto pode-se esperar uma melhora total do quadro depressivo.
Se estiver vivenciando momentos de tristeza excessiva, se sentindo desanimada e sem motivação para realizar as atividades do dia a dia, entre em contato com o psiquiatra Dr. Cláudio Jerônimo.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.