Impacto do álcool e drogas na impulsividade e risco de suicídio
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentais“Quando estamos sob muita pressão, podemos fazer coisas sem pensar, algo que se tivéssemos um pouco mais de tranquilidade naquele momento, faríamos de um jeito diferente”.
Estamos no mês de setembro, o período dedicado à Campanha de Prevenção ao Suicídio, conhecida como “Setembro Amarelo”. O tema da campanha deste ano é “Se precisar, peça ajuda!”
Neste texto, vamos abordar o consumo de álcool e drogas, que tem efeitos devastadores sobre a saúde mental e o comportamento humano. Uma das consequências mais graves desse consumo é a redução da capacidade crítica e o aumento da impulsividade, fatores que podem levar a decisões precipitadas e perigosas. Quando estamos sob muita pressão, podemos fazer coisas sem pensar, algo que se tivéssemos um pouco mais de tranquilidade naquele momento, faríamos de um jeito diferente.
O álcool e as drogas atuam diretamente no sistema nervoso central, alterando a química cerebral. Essas substâncias podem reduzir a capacidade de julgamento, diminuir a autoconsciência e enfraquecer as inibições naturais. Como resultado, indivíduos sob a influência de álcool ou drogas são mais propensos a tomar decisões arriscadas sem considerar plenamente as consequências. Isso inclui comportamentos impulsivos e autoagressivos, como tentativas de suicídio.
A impulsividade é um fator crítico na relação entre o uso de substâncias e o suicídio. Pessoas impulsivas tendem a agir rapidamente sem pensar nas consequências, e essa característica é intensificada pelo consumo de álcool e drogas. A desinibição causada por essas substâncias pode transformar pensamentos suicidas, que poderiam ser passageiros, em ações imediatas e potencialmente fatais.
Além de aumentar a impulsividade, o uso de álcool e de substâncias psicoativas pode agravar problemas de saúde mental preexistentes, como depressão e ansiedade. Essas condições são frequentemente correlacionadas com ideação suicida, e o uso de drogas pode intensificar os sentimentos de desesperança e desespero. O efeito sedativo ou estimulante dessas substâncias pode também agravar sintomas depressivos ou ansiosos, tornando a pessoa ainda mais vulnerável a pensamentos suicidas.
O uso de álcool e drogas não apenas compromete a capacidade crítica e aumenta a impulsividade, mas também eleva consideravelmente o risco e a letalidade das tentativas de suicídio. A combinação desses fatores cria um cenário perigoso, onde pensamentos suicidas podem se transformar rapidamente em ações fatais. Além disso, a capacidade de pedir ajuda ou reconsiderar a ação é frequentemente comprometida quando a pessoa está intoxicada, reduzindo a chance de intervenção a tempo.
Se você está enfrentando desafios emocionais ou lutando contra pensamentos negativos, lembre-se de que buscar ajuda é um passo fundamental para a recuperação. Não enfrente essa batalha sozinho, há profissionais qualificados prontos para oferecer apoio e orientação. Viver é a melhor opção e há esperança mesmo nos momentos mais difíceis.
O apoio certo pode fazer toda a diferença na sua trajetória para superar as dificuldades e encontrar um caminho de recuperação e bem-estar. Caso necessite de ajuda, agende uma consulta com o Dr. Cláudio Jerônimo!
Fonte: Livro Crise Suicida – Avaliação e Manejo: Neury José Botega – 2015
Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.