Distimia – “Oh céus… Oh vida… Oh azar…”

Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentais


Quem se lembra do antigo desenho animado de Hanna Barbera e principalmente da famosa frase repetida pela personagem hiena Hardy “Oh céus… Oh vida… Oh azar… isso não vai dar certo!”. Em nosso dia a dia encontramos pessoas que estão constantemente de mau humor, que vivem se lamentando. Esse estado de ânimo pode ser pode ser um transtorno?

Você já ouviu falar em distimia?

A distimia também conhecida como Transtorno Depressivo Persistente é uma forma duradoura da doença depressiva, facilmente confundida com a falta de humor habitual. Tem como principal sintoma a irritabilidade, um mau humor constante, desânimo, tristeza e predominância de pensamentos negativos, como o exemplo da hiena que é extremamente pessimista.

Visto de longe, o distímico parece uma personalidade mal-humorada de perto, com a lupa da psicopatologia, é um deprimido crônico que pode melhorar muito com um antidepressivo.  Segundo o DSM – V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) a característica essencial da distimia é um humor depressivo que ocorre na maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois anos, ou por pelo menos um ano para crianças e adolescentes.

Os indivíduos com transtorno depressivo persistente descrevem seu humor como triste ou “na fossa”.  Como esses sintomas tornaram-se uma parte tão presente na experiência cotidiana do indivíduo, em particular no caso de início precoce “sempre fui desse jeito”, eles podem não ser relatados, a menos que diretamente investigados pelo psiquiatra ou psicólogo especialista em saúde mental.

Distimia x Depressão
Na distimia o que fica mais saliente não é a tristeza em si, mas um mau humor crônico e suas lamúrias habituais com tendência a críticas ácidas e ao destempero verbal. É um constante estar de mal com a vida, entretanto, a pessoa continua trabalhando, estudando, realizando suas tarefas, apesar de só enxergar o lado negativo das coisas.

A depressão causa uma dor profunda, que parece que nunca terá fim. A patologia provoca tanto cansaço e abala de tal maneira a autoestima das pessoas que pode fazê-las pensar que não são capazes de cumprir funções que desempenharam muitíssimo bem por anos. A depressão afeta a capacidade de sentir prazer ao se fazer coisas que antes eram prazerosas, o que é conhecido pelo termo anedonia.

Qualquer que seja o tipo de depressão e o grupo de sintomas que define cada um deles, a marca desse transtorno é a negatividade, os sentimentos e pensamentos se voltam todos para baixo. A depressão afeta todas as áreas da vida, por isso, o tratamento é essencial.

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Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Saúde Mental e Dependência Química.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentais

Formado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.