Prevenção ao suicídio: “a vida é a melhor escolha!”
Dr. Claudio JerônimoPsiquiatra especialista em transtornos mentaisSetembro é o mês dedicado a prevenção do suicídio “setembro amarelo”. Neste ano o tema da campanha é “a vida é a melhor escolha!”.
Quando falamos em prevenção ao suicídio, não se trata de evitar todos os suicídios, mas uma parcela de mortes evitáveis. O suicídio envolve uma morte traumática que perturba e traz sequelas severas aos familiares, amigos, colegas ou mesmo profissionais que lidaram com essa perda. Embora, o suicídio seja um ato que acompanha a história da humanidade é um fenômeno que necessita de maior atenção para que medidas efetivas possam reverter o crescente número de suicídios no Brasil e no mundo.
Sofrimento – Dor psíquica
No início, o pensamento de tirar a própria vida costuma ser assustador. Ele é rejeitado por uma ou várias razões. No entanto, à medida que o sofrimento cresce e se torna intolerável, a morte (e, em consequência, a cessação da consciência da dor psíquica) passa a ser vista como um alento. É quando o risco do suicídio aumenta muito. No fundo, o suicídio pode não visar exatamente à morte, o que se busca, muitas vezes, é a cessação do seu sofrimento. Como não temos um botão de pause, o suicídio parece ser a única maneira de interromper o desespero.
Prevenção ao suicídio
Na maioria das vezes, o suicídio é o desfecho de um sofrimento prolongado e alimentado por transtornos mentais como a depressão. É preciso destacar que o suicídio é evitável, considerando que esses estados tendem a ser transitórios e podem ser transformados com escuta e tratamento adequados.
Por causa do estigma, as pessoas temem conversar sobre suicídio, porém se a conversa for feita de modo sensato e franco, fortalece o vínculo com o paciente e/ou cliente, que passa a se sentir acolhido por um profissional cuidadoso, que se interessa pela extensão de seu sofrimento. Um dos maiores desafios na prevenção do suicídio é aumentar o acesso aos cuidados com a saúde mental.
Os comportamentos suicidas, que são decorrências graves de doenças mentais, também são vistos com muito preconceito. Isso dificulta que pessoas em risco para suicídio busquem ajuda, conversem sobre o tema com as pessoas a sua volta que poderiam ser uma fonte de apoio e suporte.
Fatores de risco e de proteção para o suicídio
Fatores de risco:
– Depressão moderada ou grave;
– Gênero masculino;
– Desesperança, falta de perspectivas, sensação de fracasso;
– Morar sozinho, não ter família ou vínculos sociais;
– Separações recentes do (a) namorado (a), esposo (a), amante, etc.
– Dor crônico, doenças físicas ou déficits funcionais crônicos;
– Idade: adolescentes, adultos maduros e idosos;
-Fácil acesso a meios violentos (revólver, altura, venenos, fármacos potencialmente perigosos, etc.);
– Esquizofrenia, alcoolismo e dependência de drogas, transtorno de personalidade borderline, etc.
– Traços autodestrutivos.
Fatores de proteção:
– Boa saúde física e mental;
– Gênero feminino;
– Perspectivas futuras, habilidades profissionais e educacionais;
– Bons e intensos vínculos sociais;
– Ser casado ou viver com alguém e ter filhos;
– Pertencer a uma religião e praticá-la;
– Ter medo de atos violentos;
– Ter emprego.
Fatores de proteção como o apoio de familiares, amigos, bem como o tratamento dos transtornos mentais, fará a diferença em um momento de desespero.
Busque ajuda de um psiquiatra
Vimos neste texto que setembro amarelo é o mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, ainda que não seja tarefa fácil, é algo possível! Entretanto, a prevenção deve ocorrer o ano inteiro, caso necessite de ajuda procure um especialista, a conversa com o psiquiatra trará alívio e abrirá os caminhos, mostrando que existe saída, lembre-se a vida é a melhor escolha!
Caso necessite de ajuda, agende uma consulta com o Dr. Cláudio Jerônimo!
Fonte: Livro – A tristeza transforma, a depressão paralisa – Neury J. Botega.
Texto escrito por Adriana Moraes – Psicóloga especialista em Dependência Química
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Claudio Jerônimo Psiquiatra especialista em transtornos mentaisFormado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, o Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Registro CRM-SP nº 83201.